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Fundação Terra lança o projeto “Arte e Cultura Conectando Saberes” com apoio da Funarte

A Fundação Terra dará início, em novembro deste ano, ao projeto Arte e Cultura Conectando Saberes, uma iniciativa gratuita que une arte, educação e transformação social no sertão pernambucano. A ação seguirá até meados de 2026, totalizando 9 meses de processo formativo e acontecerá em três locais diferentes na cidade de Arcoverde: na sede da Fundação Terra, na Escola Edson Regis e na sede do Grupo de Samba de Coco Fulô do Barro.

Com financiamento da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), o projeto tem como propósito fortalecer a formação cidadã, cultural e profissional de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. E por meio de Oficinas de Artes Cênicas, Música Popular e Audiovisual, os participantes serão incentivados a desenvolver habilidades criativas, expressivas e técnicas, a fim de promover inclusão, autoestima e protagonismo juvenil.

Mais do que um espaço de aprendizado artístico e profissionalização, o Arte e Cultura Conectando Saberes busca ampliar oportunidades e valorizar as expressões culturais do povo sertanejo, conectando tradição, juventude e futuro por meio da arte. A execução desse projeto irá beneficiar 75 participantes, entre crianças, adolescentes, jovens da periferia e da área rural de Arcoverde. Além disso, será dividida em três etapas, com duração total de nove meses.

Na primeira etapa, de seis meses, crianças e adolescentes participarão das Oficinas de Artes Cênicas (teatro, circo e danças populares) e de Música Popular (iniciação musical, percussão e canto). Os jovens do Curso de Audiovisual também desenvolverão técnicas e habilidades, com foco no estudo e pesquisa das artes, da cultura popular e do cotidiano das comunidades, além da cobertura e produção de materiais. Essas atividades terão uma abordagem de arte-educação voltada para a cidadania e o desenvolvimento humano e comunitário, estimulando o protagonismo infantojuvenil e a consciência crítica sobre direitos, meio ambiente, equidade de gênero e participação social.

Já a segunda etapa, com duração de três meses, será dedicada à elaboração, montagem, ensaio e apresentação dos aprendizados. Será um período de intensa criação e pesquisa, no qual os conteúdos trabalhados anteriormente servirão de base para a produção de espetáculos e vídeos. Por fim, a terceira etapa representará a culminância pedagógica do projeto Arte e Cultura Conectando, com a apresentação pública dos resultados e produtos desenvolvidos — espetáculos e curtas-metragens — no décimo primeiro mês, encerrando o ciclo formativo.

"Diante da importância da arte e cultura como ferramentas de transformação social, esse projeto vem para corroborar com a missão do Setor Social e da Fundação Terra, em uma proposta de conectar e articular diversas forças do território", explica Christiane Casal, coordenadora do Setor Social da Fundação Terra.

Sobre as Oficinas:

A Oficina de Artes Cênicas será subdividida em três módulos (Pedagogia do Teatro Popular ou do Oprimido, Pedagogia das Danças Populares e Pedagogia do Circo Social) e irá propor vivências que integram teatro, dança popular, cultura e palhaçaria, com foco no autoconhecimento, na relação com o outro e na expressão coletiva. A formação utilizará jogos teatrais e de improviso, inspirando-se em abordagens como o Teatro do Oprimido de Augusto Boal e as pedagogias de Paulo Freire, unindo corpo, música e cultura em processos criativos. A atividade será conduzida por Bia Menezes, artista multifacetada, agente de cultura popular, atriz, palhaça, contadora de histórias, produtora teatral, escritora, poeta e desenhista.

Já a Oficina de Música Popular, que também contará com três módulos (Sensibilização Musical, Percussão e Canto Popular), terá o objetivo de valorizar e fortalecer as culturas locais, além de promover a sensibilização musical e o desenvolvimento da percepção e apreciação da música popular pernambucana. Ela será ministrada pelo Mestre Marcelo do Coco, cantor, compositor, percussionista e arte-educador com mais de 20 anos de atuação. Fundador do grupo Coco Fulô do Barro, Marcelo é referência na preservação do Samba de Coco no Sertão do Moxotó e possui vasta trajetória em projetos socioculturais e educativos, além de reconhecimento por sua contribuição à cultura popular brasileira.

E a Oficina de Audiovisual, que terá os módulos de Áudio; Iluminação e Captação de Imagens, e de Audiovisual, abordará temas como teoria das múltiplas inteligências, história e vertentes do cinema (brasileiro e pernambucano), roteiro, direção, atuação, iluminação, fotografia, som, edição e análise crítica de obras visuais, oferecendo uma visão geral sobre a produção cinematográfica. A execução ficará por conta de Murilo Fernandes, ator, roteirista e produtor cultural, integrante do grupo Teatro de Retalhos. Ele tem experiência com curtas-metragens, direção teatral, roteirização de podcasts e atua como crítico e redator no site Cinerama.

As inscrições para participar das Oficinas de Artes Cênicas e de Música Popular poderão ser feitas, presencialmente, no Setor Social da Fundação Terra. Já as inscrições para a Oficina de Audiovisual poderão ser realizadas pelo link a seguir: Curso de audiovisual - Formulários Google

Mais informações pelo contato (87) 991941943 - Aline Ramos (coordenadora pedagógica).
2025-10-16 11:44